Os tempos verbais indicam o momento em que se dá a ação apresentada pelo verbo. Os tempos verbais são o passado, o presente e o futuro.
O presente indica algo que acontece no momento em que se fala.
O futuro se refere a algo que acontecerá depois do momento em que se fala.
O passado, também chamado de pretérito, se refere a algo que aconteceu antes do momento em que se fala.
Dessa forma, indicam, na fala, se algo já aconteceu, acontece no momento em que se fala ou ainda vai acontecer.
Veja alguns exemplos para fixar o conteúdo:
Tempo Verbal – Presente
Eu tomo remédio.
Estou aqui!
Eu como muito.
Tempo Verbal – Passado/Pretérito
Eu tomei remédio.
Estava aqui!
Eu comia muito.
Tempo Verbal – Futuro
Eu tomarei remédio.
Estarei aqui!
Eu comerei muito.
Os tempos verbais podem ser simples ou compostos. São considerados simples quando formados por apenas uma forma verbal, ou compostos quando formados por um verbo auxiliar e um verbo principal.
Os tempos verbais se unem aos modos verbais para indicar a forma como acontecem as ações, estados ou fenômenos expressados pelo verbo.
Os modos verbais são: indicativo, subjuntivo e o modo imperativo.
E o que são modos verbais?
Modos verbais são as maneiras como os verbos se expressam. Veja abaixo como são expressos os modos indicativos, subjuntivos e imperativo.
O modo indicativo expressa certeza, por exemplo: O goleiro defendeu a bola.
O modo subjuntivo expressa desejo ou possibilidade, por exemplo: Tomara que o goleiro defenda a bola.
O modo imperativo expressa ordem ou pedido, por exemplo: Por favor, defenda a bola!
Tempos verbais do modo indicativo
Como vimos, os tempos verbais do modo indicativo transmitem ações certas, reais ou efetivas. No modo indicativo há seis tempos verbais.
Presente do indicativo
Ação verbal ocorre no momento em que se expressa. Indica também uma ação cotidiana ou um estado permanente.
Eu viajo hoje.
Eu estudo todos os dias.
Pretérito perfeito do indicativo
Ação verbal ocorreu em momento anterior ao da fala.
Eu estudei muito no fim de semana.
Eu viajei no mês passado.
Pretérito imperfeito do indicativo
O pretérito imperfeito do indicativo indica uma ação verbal ocorrida em momento anterior ao da fala e foi interrompida, uma ação passada frequente ou que tem continuidade e duração no tempo.
Eu estudava todos os fins de semana.
Eu viajava todo mês.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
O pretérito mais-que-perfeito do indicativo indica uma ação que ocorreu antes de outra ação passada. É o passado do passado.
Só notei depois que eu estudara a tarde toda.
Eu viajara muito quando criança.
Futuro do presente do indicativo
O futuro do presente do indicativo indica uma ação que ocorrerá no futuro, no momento posterior ao da fala.
Eu estudarei mais de hoje em diante.
Eu viajarei no sábado.
Futuro do pretérito do indicativo
O futuro do pretérito do indicativo indica uma ação futura que se encontra condicionada por outra.
Eu estudaria mais se tivesse companhia.
Eu viajaria se fosse com você.
Tempos verbais do modo subjuntivo
Os tempos verbais do modo subjuntivo transmitem ações possíveis, hipotéticas ou possibilidades distantes da realidade. No modo subjuntivo há 3 tempos verbais. Confira:
Presente do subjuntivo
O presente do subjuntivo indica a possibilidade que uma ação ocorra, seja ela hipotética, baseada em desejos ou suposições.
Minha mãe quer que eu estude mais.
Espero que viaje logo.
Pretérito imperfeito do subjuntivo
O pretérito imperfeito do subjuntivo indica hipótese de como seria se a ação verbal ocorresse
Eu saberia a matéria toda se eu estudasse mais.
Eu ficaria muito feliz se eu viajasse logo.
Futuro do subjuntivo
O futuro do subjuntivo indica uma ação possível, mas que ainda não aconteceu.
As questões serão mais fáceis quando eu estudar mais.
Quando eu viajar, vou ficar muito feliz.
Tempos verbais do modo imperativo
A ação verbal expressa pelo imperativo é uma ordem, pedido, súplica, convite, conselho ou proibição. O imperativo pode ser afirmativo ou negativo.
Imperativo afirmativo
O imperativo afirmativo indica uma ação de forma afirmativa.
Estuda mais!
Viaja menos!
Imperativo negativo
O imperativo negativo indica uma ação de forma negativa.
Não estude mais!
Não viaje mais!
Mapa Mental Tempos verbais
Tempos Compostos
Os tempos compostos são tempos verbais que são expressos por mais de uma palavra.
Pretérito perfeito composto do indicativo
O pretérito perfeito composto do indicativo indica uma ação passada que se estende até ao momento presente. Ele é formado pelo verbo auxiliar “ter” conjugado no presente do indicativo e um verbo principal no particípio (-ado, -edo, -ido):
Eu tenho estudado muito para a prova.
Eu tenho viajado muito para descansar.
Eu tenho corrido muito.
Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo
O pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo indica uma ação no passado que ocorreu antes de outra ação no passado. Ele é formado com o verbo auxiliar “ter” (ou “haver” na linguagem formal) no pretérito imperfeito, seguido do particípio passado do verbo principal:
Eu já tinha estudado o suficiente.
Eu já tinha viajado o suficiente.
Quando eu cheguei, ele já tinha telefonado.
Futuro do presente composto do indicativo
O futuro do presente composto do indicativo indica uma ação no futuro que estará terminada antes de outra ação no futuro. Ele pode expressar tanto certeza como incerteza.
Eu terei estudado tudo ao fim do dia.
Eu terei viajado muito ao fim de Junho.
Daqui a dois dias eu já terei lido o texto todo.
Futuro do pretérito composto do indicativo
O futuro do pretérito composto forma-se com o verbo auxiliar “ter” no futuro do pretérito, seguido do particípio passado do verbo principal. O futuro do pretérito composto é usado para falar de acontecimentos que poderiam ter acontecido no passado, mas que não se realizaram.
Eu teria estudado mais se tivesse tempo.
Eu teria viajado mais se pudesse.
Pretérito perfeito composto do subjuntivo
O pretérito perfeito composto do subjuntivo é formado pelo auxiliar “ter” ou “haver” no presente do subjuntivo, seguido do verbo principal no particípio. O pretérito perfeito composto do subjuntivo indica uma ação anterior, que já foi concluída no passado.
A professora não acredita que eu tenha estudado a tarde toda.
Minha namorada não acredita que eu tenha viajado tanto.
Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo
O pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo indica uma ação hipotética, anterior a outra ação no passado e é formado pelo pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo ter mais o particípio do verbo principal.
Minha nota seria melhor se eu tivesse estudado mais.
Minha vida seria mais completa se eu tivesse viajado mais.
Futuro composto do subjuntivo
O futuro composto do subjuntivo indica uma ação que estará terminada antes de outra ação no futuro e forma-se com o verbo auxiliar “ter” no futuro do subjuntivo, seguido do particípio passado do verbo principal.
Só poderei sair quando eu tiver estudado tudo.
Só poderei ser feliz quando eu tiver viajado para Paris.
Tempos primitivos e tempos derivados
Os tempos verbais pode ser classificados como simples ou primitivos.
Os tempos verbais simples são formados a partir de três: o presente do indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal.
Esses três tempos são chamados de primitivos, por equivalerem a tempos verbais já existentes no latim.
Os demais tempos verbais são chamados de derivados por se formarem a partir dos tempos primitivos. Confira:
Tempos primitivos:
- presente do indicativo;
- pretérito perfeito do indicativo;
- infinitivo impessoal.
Tempos derivados do presente do indicativo:
- presente do subjuntivo;
- imperativo afirmativo;
- imperativo negativo.
Tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo:
- pretérito mais-que-perfeito do indicativo;
- pretérito imperfeito do subjuntivo;
- futuro do subjuntivo.
Tempos derivados do infinitivo impessoal:
- futuro do presente do indicativo;
- futuro do pretérito do indicativo;
- pretérito imperfeito do indicativo;
- infinitivo pessoal;
- gerúndio;
- particípio.
Conjugação nos diferentes tempos verbais
Veja a conjugação completa do verbo amar em diferentes tempos verbais.
Indicativo
Presente
tu amas
ele ama
nós amamos
vós amais
eles amam
Pretérito perfeito composto
tu tens amado
ele tem amado
nós temos amado
vós tendes amado
eles têm amado
Pretérito imperfeito
tu amavas
ele amava
nós amávamos
vós amáveis
eles amavam
Pretérito mais-que-perfeito composto
tu tinhas amado
ele tinha amado
nós tínhamos amado
vós tínheis amado
eles tinham amado
Pretérito mais-que-perfeito simples
tu amaras
ele amara
nós amáramos
vós amáreis
eles amaram
Pretérito perfeito simples
tu amaste
ele amou
nós amámos
vós amastes
eles amaram
Pretérito mais-que-perfeito anterior
tu tiveras amado
ele tivera amado
nós tivéramos amado
vós tivéreis amado
eles tiveram amado
Futuro do presente simples
tu amarás
ele amará
nós amaremos
vós amareis
eles amarão
Futuro do presente composto
tu terás amado
ele terá amado
nós teremos amado
vós tereis amado
eles terão amado
Futuro do pretérito simples
tu amarias
ele amaria
nós amaríamos
vós amaríeis
eles amariam
Futuro do pretérito composto
tu terias amado
ele teria amado
nós teríamos amado
vós teríeis amado
eles teriam amado
Conjuntivo / Subjuntivo
Presente
que tu ames
que ele ame
que nós amemos
que vós ameis
que eles amem
Pretérito perfeito
que tu tenhas amado
que ele tenha amado
que nós tenhamos amado
que vós tenhais amado
que eles tenham amado
Pretérito imperfeito
se tu amasses
se ele amasse
se nós amássemos
se vós amásseis
se eles amassem
Pretérito mais-que-perfeito
se tu tivesses amado
se ele tivesse amado
se nós tivéssemos amado
se vós tivésseis amado
se eles tivessem amado
Futuro simples
quando tu amares
quando ele amar
quando nós amarmos
quando vós amardes
quando eles amarem
Futuro composto
quando tu tiveres amado
quando ele tiver amado
quando nós tivermos amado
quando vós tiverdes amado
quando eles tiverem amado
Infinitivo pessoal
Presente
tu amares
ele amar
nós amarmos
vós amardes
eles amarem
Pretérito
tu teres amado
ele ter amado
nós termos amado
vós terdes amado
eles terem amado
Imperativo
Afirmativo
ama
ame
amemos
amai
amem
Negativo
não ames
não ame
não amemos
não ameis
não amem
Questões e Exercícios de Tempos Verbais
Questão 1 – Prefeitura de Contagem 2023 – Agente Fazendário
Leia o texto para responder à questão:
As utilíssimas coisas inúteis
Marina Colasanti, quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
Fui a uma liquidação de fim de ano porque precisava trocar uma roupa que havia ganho. E fiquei pasma com a quantidade de peças que cada um levava. Na demora da fila, as pessoas esticavam o braço para colher de arara ou prateleira uma bolsa, um cinto ou uma camiseta não vistos antes e acabavam ficando com ela.
Tudo, mais que propriamente despertar desejo, era visto como um bom negócio. Afinal, os preços estavam em conta. E ali mesmo me perguntei se aquela gente toda tiraria do armário o correspondente ao que estava levando, ou se apenas apertaria os cabides.
Compro muito pouco, mas tenho grande dificuldade para jogar fora. Acumulo. E embora tendo isenção profissional para acumular livros e papéis, não a tenho para o resto.
Calcula-se que um europeu ou americano possua em média 10 mil objetos. Para discutir consumismo e gênero no “The Pink and Blue Project”, a sul-coreana Jeongmee Yoon fotografou durante 10 anos crianças e adolescentes no seu quarto, com todos os seus objetos expostos.
As fotos são surpreendentes, cada quarto parecendo um mercado.Até hoje não consegui jogar fora a cama da minha cachorrinha que há três anos morreu, me parece ingratidão, depois de tanto amor que ela me deu. Nem consegui me desfazer dos tecidos para quimono que comprei no Japão e nunca fiz, ou da camisa de seda que comprei na Índia e já não uso.
Se uma calça fica larga, penso que posso voltar a engordar, se uma saia fica larga, aperto. Nunca nada ficou apertado, o que me faz crer que dificilmente engordarei. Às vezes consigo jogar fora suéteres que ficaram com “bolinhas”.
Dizem os neurocientistas que acumular é comando do nosso cérebro, possivelmente vindo de tempos remotíssimos em que a abundância era rara ou inexistente, e qualquer pedaço de carne, qualquer pele de bicho, qualquer lasca de pedra era posse valiosa.
Hoje, os objetos de que nos rodeamos adquiriram outro sentido. Um deles é fazer parte da nossa identidade. Segundo o psicólogo Daniel Kahneman sofremos mais ao perder um objeto querido do que o prazer que tivemos ao adquiri-los – podemos imaginar o que sofreu Eike Batista ao perder a Lamborghini que, como um sofá, ficava estacionada na sala. Outro é dizer às multidões quem somos, qual o nosso patamar social.
É o que fazem alto e bom som as marcas. É a função do luxo.
Não compramos só em atendimento ao nosso desejo. Compramos também olhando pelos olhos dos outros, projetando nos olhos dos outros a imagem que teremos com nossas novas aquisições. Desse ponto de vista, quem compra muitas peças de roupa numa liquidação não está fazendo um bom negócio. Apesar do bom preço, está adquirindo o que já saiu de moda, o que se usou no ano anterior ou até mesmo no mês anterior. E tudo o que não é de hoje, é out.
Objetos podem ser inúteis, mas se dados com afeto temos dificuldade em nos desfazer deles. Xuxa tinha uma casa só para guardar memorabilia, presentes dados pelos fãs. Ninguém joga fora o bordado feito pela afilhada, o primeiro desenho do filho, a folha seca na página do livro dada pelo noivo. Os objetos tornam-se então não apenas objetos, mas testemunhos do passado que cantam aos nossos olhos. E por isso os guardamos.
Marie Kondo, a japonesa famosa pelo método MarieKondo de arrumação, não se orienta pela ligação psicológica entre os humanos e seus objetos. O interesse dela é na ordem e na estética. Mas ao limpar nossos armários e gavetas corre o risco de nos deixar despidos.
Disponível em: <https://www.marinacolasanti.com/
2020/02/expatriaram -o-gato.html>. Acesso em: 17 fev. 2020.
“Compro(1) muito pouco, mas tenho(2) grande dificuldade para jogar fora. Acumulo(3). E embora tendo(4) isenção profissional para acumular livros e papéis, não a tenho(5) para o resto.”
Todas as formas verbais destacadas e numeradas estão flexionadas no presente do indicativo, EXCETO:
A (1)
B (2)
C (3)
D (4)
E (5)
Letra D
Questão 2 – Prefeitura de Americana 2023 – Ajudante Geral
“Chovia tanto ontem que a rua encheu”.
Sobre as formas verbais destacadas, afirmasse que:
I – estão modo indicativo.
II – chovia está no pretérito perfeito.
III – encheu está no pretérito imperfeito.
Estão corretas:
A – Apenas I
B – Apenas II
C – Apenas III
D – Apenas II e III
E – Apenas I e III
Letra A
Questão 3 – Prefeitura de Jaguariúna 2023 – Serviços de Alimentação
Assinale a alternativa que completa corretamente a fala dos personagens do quadrinho
(O melhor de hagar, o horrível, Dík Browne. adaptado)
A – Adoro … sabe
B – Adorarei … saiba
C – Adorei … sabia
D – Adoram … soubesse
Letra C